De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 60% das mortes que ocorrem no mundo são causadas pelas Doenças Crônicas Não Transmissíveis, como obesidade, diabetes, hipertensão, e doenças cardiovasculares. Dessas mortes, 80% ocorrem em países de terceiro mundo ou em desenvolvimento.
As DCNT's são doenças não infecciosas e de agravamento crescente. Elas atuam de forma silenciosa no organismo, favorecendo o diagnóstico tardio e uma possível morte prematura. Os principais fatores de risco são: alimentação inadequada, pressão alta, excesso de peso, sedentarismo e hiperglicemia. Além disso, eles são responsáveis por mais de 45% da carga mundial de doenças.
Um dos aspectos que tem contribuído para o aumento das DCNT's nos últimos anos é a urbanização. As pessoas assumem atividades cada vez mais sedentárias, passando horas dentro de um escritório e sentadas em frente a um computador. Segundo o endocrinologista da SBEM, Dr. Márcio Mancini, a correria da vida moderna, o marketing agressivo, a violência urbana que confina crianças em espaços fechados, a falta de áreas de lazer, além da escassez de informação e educação nutricional têm provocado problemas preocupantes para a saúde da população.
Além disso, os hábitos alimentares se modificaram e o consumo de alimentos industrializados e fast foods é cada vez mais frequente. A nutricionista Carolina Godoy, do Instituto Minha Escolha, explica que hoje existem iniciativas da indústria de alimentos que visam melhorar o perfil nutricional de seus produtos. "É o caso do Programa Minha Escolha, que controla gorduras saturadas, gorduras trans, sódio e açúcar nos produtos industrializados e refeições", exemplifica.