quinta-feira, 19 de abril de 2018

Colchicina é o melhor remédio para tirar a dor da gota ácido úrico

Olá, a muitos anos eu sofro com o excesso de ácido úrico no meu sangue. Já fui diversas vezes ao hospital, clínicas de fisioterapia, acupuntura, etc.... nesse período tomei diversas medicações mas posso assegurar que só a tal da Colchicina era capaz de tirar com a mão a dor da gota.

Saiba mais sobre a Colchicina, para que serve o Colchicina

Este medicamento é destinado ao tratamento das crises agudas de gota e na prevenção das crises agudas nos pacientes com artrite gotosa crônica.

A colchicoterapia pode ser indicada na Febre Familial do Mediterrâneo e em casos de escleroderma, poliartrite associada à sarcoidose e psoríase.

A Colchicina (substância ativa) é eficaz no tratamento clínico da Doença de Peyronie nos casos com tempo de evolução inferior a um ano, atuando na redução do processo inflamatório que vai dar origem à placa fibrosa.

Não tem seu uso bem estabelecido nos casos com longo tempo de evolução, quando a placa de fibrose já está plenamente formada.
Contraindicação do Colchicina


A Colchicina (substância ativa) é contraindicada em pacientes com hipersensibilidade à Colchicina (substância ativa) e em pacientes com doenças gastrointestinais, hepáticas, renais ou cardíacas graves ou durante a gravidez.

A Colchicina (substância ativa) está classificada na categoria C de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Como usar o Colchicina


Uso Adulto.
Antigotosos

A Colchicina (substância ativa) deve ser administrada ao primeiro sinal de ataque agudo de gota.

A dose deve ser reduzida se ocorrer debilidade muscular, náuseas, vômitos ou diarreia.

O intervalo entre as doses deve ser aumentado nos pacientes cuja taxa de filtração glomerular estimada esteja entre 15-29ml/min.
Profilaxia:

1 comprimido de 0,5mg, uma a três vezes ao dia, por via oral; ou seja, 1 comprimido de 0,5mg a cada 24 horas ou 1 comprimido de 0,5mg de 12 em 12 horas ou de 8 em 8 horas, respectivamente.

Os pacientes com gota submetidos à cirurgia, devem tomar 1 comprimido três vezes ao dia (1 comprimido de 8 em 8 horas), por via oral, 3 dias antes e 3 dias depois da intervenção cirúrgica.
Tratamento (alívio do ataque agudo):

Inicialmente 0,5mg a 1,5mg seguido de 1 comprimido a intervalos de 1 hora, ou de 2 horas, até que ocorra o alívio da dor.
Manutenção:

Os pacientes crônicos podem continuar o tratamento com 2 comprimidos ao dia (1 comprimido de 12 em 12 horas), por até 3 meses, a critério médico.
Limite máximo diário:

A dose máxima alcançada deve ser abaixo de 7mg.
Doença de Peyronie

Iniciar com 0,5mg a 1,0mg ao dia, administrada em uma a duas doses, podendo ser elevada até 2mg/dia, administrada em duas a três doses.

Ao administrar Colchicina (substância ativa)​, deve-se levar em consideração a sua estreita margem de segurança.
Uso em Idosos

As doses e cuidados para pacientes idosos são as mesmas recomendadas para os adultos.

Este medicamento não deve ser mastigado.
Reações Adversas do Colchicina


Os eventos adversos da Colchicina (substância ativa) são apresentados a seguir, em ordem decrescente de frequência, embora algumas não estejam bem definidas:
Muito comuns (>10%):
Gastrointestinais:

Diarreia (23% a 77%), vômitos (17%), náuseas (4% a 17%).
Comuns (>1% e < 10%):

Sistema nervoso central:

Fadiga (1% a 4%), cefaleia (1% a 2%).

Endócrinos e metabólicos:

Gota (4%)

Gastrointestinal:

Cólicas, dor abdominal

Respiratório:

Dor faringolaríngea (2% a 3%).
Incomuns (>0,1% e <1%):

Alopecia, depressão medular, dermatite, coagulação intravascular disseminada, hepatotoxicidade, reações de hipersensibilidade, aumento da creatina fosfoquinase (CPK), intolerância à lactose, mialgia, miastenia, oligospermia (reversível com a interrupção do tratamento), púrpura, rabdomiólise, doença neuromuscular tóxica, neutropenia, leucopenia e azoosperma.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Interação Medicamentosa do Colchicina


Os medicamentos neoplásicos rapidamente citolíticos, bumetamida, diazóxido, diuréticos tiazídicos, furosemida, pirazinamida ou triantereno podem aumentar a concentração plasmática de ácido úrico e diminuir a eficácia do tratamento profilático da gota.

A Colchicina (substância ativa) pode aumentar os efeitos depressores sobre a medula óssea de medicamentos que produzem discrasias sanguíneas ou da radioterapia.

O uso simultâneo com fenilbutazona pode aumentar o risco de leucopenia ou trombocitopenia, bem como de úlcera gastrintestinal.

A Colchicina (substância ativa) deve ser usada com cautela em pacientes usando medicamentos inibidores da P-gp (ciclosporina, ranolazina) ou medicamentos inibidores moderados (amprenavir, fosamprenavir, diltiazem, eritromicina, fluconazol, verapamil) ou fortes (atazanavir, claritromicina, indinavir, nelfinavir, saquinavir, ritonavir, cetoconazol, itraconazol, nafazodona) do CYP3A4; aumento significativo das concentrações plasmáticas de Colchicina (substância ativa) e toxicidade fatal já foram relatados.

A dose de Colchicina (substância ativa) deve ser ajustada quando ela é usada concomitantemente a inibidores de protease.

A Colchicina (substância ativa) pode aumentar o risco de rabdomiólise de inibidores da enzima HMG-CoA redutase (estatinas) e de derivados do ácido fíbrico (fibratos).

- A vitamina B12 pode ter sua absorção alterada pela Colchicina (substância ativa), podendo ser necessária administração de doses adicionais desta vitamina.
Interações medicamento-exame laboratorial

A Colchicina (substância ativa) interfere com as determinações urinárias dos 17-hidroxicorticosteroides mensurados pelo método Reddy, Jenkins e Thorn e pode causar resultados falsos-positivos nos testes de urina para eritrócitos e hemoglobina.
Precauções do Colchicina

No tratamento de ataque:

Avaliar com atenção os casos de insuficiência renal ou hepatobiliar.

Proceder a contagem sanguínea completa, periodicamente, para detectar depressão da medula óssea.

Utilizar com medicamentos que reduzem o trânsito intestinal ou com antidiarreicos, caso ocorra diarreia ou colopatia evolutiva.

No tratamento de longo prazo, com doses de 0,5mg a 1,0mg, as complicações são muito raras.

Por precaução, deve-se avaliar as possíveis reações adversas apresentadas pelos pacientes.
Gravidez

A Colchicina (substância ativa) interrompe a divisão celular em animais e plantas e há relatos de diminuição da espermatogênese em humanos.

A Colchicina (substância ativa) cruza a barreira placentária e pode ser teratogênica em humanos, como observado em estudos realizados em animais.

As pacientes devem ser orientadas para não engravidar durante o tratamento e o médico deve avaliar o risco/benefício da droga.
Amamentação

O médico deve avaliar o risco/benefício do uso da Colchicina (substância ativa), pois ela é excretada no leite materno.
Uso Pediátrico

Não se tem dados sobre a segurança do uso em crianças.
Uso Geriátrico

Os pacientes idosos podem ser mais sensíveis à toxicidade cumulativa da Colchicina (substância ativa) e ajustes de doses podem ser necessários.
Insuficiência hepática e insuficiência renal.

A depuração de Colchicina (substância ativa) pode diminuir em pacientes com insuficiência hepática e em pacientes com insuficiência renal, que devem ser cuidadosamente monitorados para eventos adversos.

Ajustes de doses podem ser considerados, a depender do grau de comprometimento hepático ou renal e podem ser afetados pelo uso concomitante de medicamentos metabolizados pelo CYP3A4 ou de medicamentos inibidores da P-gp.

Em pacientes com insuficiência renal moderada (taxa de filtração glomerular estimada de 30-59ml/min) a Colchicina (substância ativa) pode ser administrada 1x/dia na dose de 0,5 a 0,6mg. Em pacientes com insuficiência renal grave (taxa de filtração glomerular estimada de 15-29ml/min), a Colchicina (substância ativa) pode ser administrada na dose de 0,5-0,6mg a cada 2 ou 3 dias.

A Colchicina (substância ativa) é contraindicada em pacientes com taxa de filtração glomerular estimada < 15ml/min.
Odontologia

A Colchicina (substância ativa) pode produzir efeitos leucopênicos e trombocitopênicos, que podem provocar aumento da incidência de infecções microbianas, retardo de cicatrização e hemorragia gengival. O paciente deve ser orientado para a limpeza adequada dos dentes e o tratamento deve ser interrompido até o retorno das contagens de leucócitos e plaquetas aos valores normais.

Este produto contém o corante amarelo de Tartrazina que pode causar reações de natureza alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico.
Ação do Colchicina

Resultados da eficácia

Um estudo randomizado, duplo-cego, multicêntrico e placebo controlado comparou a auto-administração de Colchicina (substância ativa) em dose baixa (total de 1,8mg em 1 hora) e em dose alta (total de 4,8mg em 6 horas) com placebo, tendo como desfecho primário uma redução ≥ 50% na dor em 24 horas sem o uso de medicação de resgate.

Na análise por intenção de tratamento, que incluiu 184 pacientes, 28 de 74 pacientes (37,8%) responderam à dose baixa, 17 de 52 pacientes (32,7%) responderam à dose alta e 9 de 58 pacientes (15,5%) responderam ao placebo (P = 0,005 e P = 0,034, respectivamente, versus placebo). Medicação de resgate precisou ser utilizada por 31,1%, 34,6% e 50% dos pacientes nos grupos recebendo Colchicina (substância ativa) em dose baixa, Colchicina (substância ativa) em dose alta e placebo, respectivamente.

O grupo de pacientes que recebeu a dose baixa de Colchicina (substância ativa) apresentou um perfil de eventos adversos semelhante ao grupo placebo, enquanto a dose alta de Colchicina (substância ativa) associou-se a uma frequência significantivamente maior de diarreia e vômitos.

Três estudos duplo-cegos, randomizados, placebo controlados e cruzados estabeleceram a eficácia da Colchicina (substância ativa) em pacientes com Febre Familial do Mediterrâneo; em 43 pacientes, o número de ataques de febre e serosite diminuíram de 178 com placebo para 29 com Colchicina (substância ativa). Além disso, houve uma relevante redução na gravidade dos ataques.

Kadioglu e cols. estudaram 60 pacientes com Doença de Peyronie durante a fase aguda (duração média: 5,7 ± 4,3 meses) que foram tratados com Colchicina (substância ativa). Após um seguimento médio de 10,7 ± 4,7 meses, a deformidade peniana melhorou em 30%, permaneceu inalterada em 48,3 % e piorou em 21,7% dos pacientes. A dor resolveu-se em 95% dos pacientes.

Os melhores resultados foram obtidos nos pacientes sem fator de risco para doença vascular, tratados dentro dos primeiros 6 meses da doença, com grau de curvatura peniana < 30 graus, sem disfunção erétil na anamnese e com resposta positiva à combinação de injeção e teste de estimulação.

Estudo realizado por Ahern e col. com 43 pacientes com crise de gota aguda. Todos os pacientes tiveram o diagnóstico confirmado por aspiração do líquido sinovial e sua avaliação por microscopia eletrônica de luz polarizada.

Os pacientes foram randomizados em 2 grupos: Colchicina (substância ativa) (n=22) ou placebo (n=21). A dose inicial de Colchicina (substância ativa) foi 1mg, seguida por 0,5mg a cada 2 horas até a resposta completa sem toxicidade. Anti-inflamatórios não hormonais ou analgésico não foram permitidos nas 48 horas antes do estudo e durante o mesmo. Os pacientes foram avaliados a cada 6 horas por 48 horas. A dor foi avaliada usando-se a Escala Visual Analógica.

Dos pacientes tratados com a Colchicina (substância ativa), 2/3 deles, apresentaram melhora após 48 horas, mas apenas 1/3 do grupo placebo apresentaram resposta similar. O grupo Colchicina (substância ativa) respondeu mais precocemente e diferenças significantes no grupo placebo ocorreram após 18-30 horas.

Todos os pacientes do grupo Colchicina (substância ativa) apresentam diarreia, que ocorreu antes da melhora da dor na maioria dos pacientes, após uma média de tempo de 24 horas (com dose média de 6,7mg). Este estudo definiu a história natural da gota aguda e demonstrou que, embora tenha ocorrido diarreia na maioria dos pacientes, a Colchicina (substância ativa) apressou a recuperação dos pacientes.
Características Farmacológicas

A Colchicina (substância ativa) é um alcaloide derivado do Colchicum autumnale que interfere nas funções do citoesqueleto celular pela inibição da polimerização da β-tubulina em microtúbulos, inibindo a ativação, a degranulação e a migração dos neutrófilos associados com a mediação dos sintomas da gota.

Na Febre Familial do Mediterrâneo, a Colchicina (substância ativa) pode interferir com a montagem do inflamassomo presente nos neutrófilos e monócitos que medeia a ativação da interleucina (IL)-1β.

O uso da Colchicina (substância ativa) na Doença de Peyronie deve-se a sua capacidade de diminuir a síntese de colágeno e ativar a colagenase, além de suprimir a liberação de fatores de crescimento e de citocinas inflamatórias.
Farmacocinética

A ligação da Colchicina (substância ativa) às proteínas plasmáticas é baixa (~39%). A Cmáx é de 2,2 nanogramas por mL após administração oral de 2mg e a Tmáx é atingida de 0,5 a 2 horas. O metabolismo da Colchicina (substância ativa) é hepático pela via CYP3A4, ela sofre recirculação enterohepática e tem excreção biliar e urinária (40 a 65% como droga não modificada). A excreção renal pode estar aumentada em pacientes com hepatopatias.

A meia-vida de eliminação varia de 27 a 31 horas. Devido ao alto grau de captação pelos tecidos, a eliminação da Colchicina (substância ativa) pode continuar por 10 dias ou mais após interrupção da administração do produto.
Tempo médio estimado para início da ação terapêutica:

O início da ação após a primeira dose oral é de 12 horas.

O alívio da dor e da inflamação na artrite gotosa aguda ocorre em 24 a 48 horas após a primeira dose oral.

O alívio do edema pode ocorrer em 72 horas ou mais.
Interação Alimentícia do Colchicina


A Colchicina (substância ativa) deve ser usada com cautela em pacientes usando suco de toranja.

A ingestão de bebidas alcoólicas ou pacientes alcoólatras podem ter risco aumentado de toxicidade gastrintestinal. O álcool aumenta as concentrações plasmáticas de ácido úrico, podendo diminuir a eficácia do tratamento profilático da droga.

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